quando se é borderline?
Mexplico: ainda não sei se de fato padeço de alguma enfermidade mental. Já tomei antideprê e não desbundei, portanto não devo ser bipolar...
Sou border porque fronteiriça.
Fronteiriça do Prata, entre gaúcha, gaucha e guacha.
Às vezes me sinto mais guaxa que tudo.
Guaxa por querer estudar tanta coisa e já me saber órfã desde o princípio...
É impossível, senhor Bloom, saber onde está a sabedoria. Neste mundinho-ão pós-quase-tudo é muita pretensão pensar que os sábios podem ser reunidos em qualquer tipo de estudo. Tanto mais os sábios periféricos. (Apesar de hoje essa palavra ser muito feia, somos todos híbridos, multiculturais etc).
E quando penso em sábio periférico talvez fosse melhor falar em peri-feérico. Nossos sábios sabem muito mais e são de sonho, meio fadas meio magos. E quando penso neles, me refiro logo a Arthur Bispo do Rosário, Gentileza, Ariano, Nise da Silveira, Mãe Menininha do Gantois, loucos e santos todos um pouco.
Já sei minha nova alcunha, ou meu novo blogue: peri-feérica. Gostei.
Assim como O'Brahma Black.
Pois é, quando começo não sei mais parar e quando vejo misturo Virginia Woolf com moda e gaúchos e pampas e passarelas e Chanel e Frida Kahlo e Isabel Allende e Oscar Wilde.
Totalmente border.
"Yo no sé donde soy
mi casa está en la frontera".
Parodiando Jorge Drexler, não sei em que território estou. Sou a fronteira?
Talvez eu esteja mais pra border collie.
Ainda vou descobrir.
Ou não.