Blog que queria ser outra coisa, mas que se contenta em deixar trans-pirar a sua dona... Moda, literatura, cinema e efêmeras frivolidades em geral.

14
Fev 09

, A praça do Diamante e Tango.

O que esses três títulos têm em comum?

Quase nada. Só o(l)fato de que foram minhas companhias literárias dos últimos dias.

E aí tu me perguntas: literárias?

E eu respondo: sim!

Coraline é o último mergulho que dei em filmes supostamente infanto-junvenis. Não foi surpresa: eu já sabia que seria ótimo. Uma sensação de estar enganando alguém: o filme não era feito pra criança, era feito pra mim. Até os cabelos chanel e o figurino - maravilhoso!!!!! - da Outra Mãe: bem Almodóvar, preto e vermelho como Jô amo. Até o sapato era vermelho. Meu reino pelo figurino da Outra Mãe.

Uma visão da infância sem moralzinha de cueca, personagens cruéis e verdadeiros: loucura e dolceza nos seres mais inusitados. Os vizinhos loucos - todos artistas, tirando Walby - todos maravilhosos na sua falta de lucidez aparente. Um pouco de Lewis Carroll mais sombrio, com direito a gato falante e tudo.

Era muita coisa prum post só.

Já volto pra falar mais.

publicado por joanabosak às 08:19
sinto-me: acordada
música: poucos carros na rua
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10
Dez 08

O título do novo filme dos irmãos Coen já remete de cara à Kafka. Se Maks Brodt não atendeu ao amigo, publicando por sua conta e risco livros como O Processo - na ordem que melhor lhe parecia - os cineastas também não queimaram. Perguntaram-se à la Bataille: é preciso queimar?

Mexeram nos mesmos temas: incomunicabilidade, paranóia, neurose.

Frances McDormand soberba, como sempre. John Malkovich sendo John Malkovich, as usual; perverso, mesmo que vítima, de alguma maneira. George Clooney muito convincente como marido que trai, trai, trai e finalmente cai do cavalo - aliás, a cena da "apresentação" da máquina na qual ele trabalhava é hilária. Brad Pitt em outro grande momento: bem dirigido e excelente como o boboca feliz. De chorar de rir.

Elenco afiado, argumento aparentemente non sense: voltamos aos clássicos.

Bibliotecas e livros existem para serem queimados, diria Umberto Eco. Informações também, relações idem.

Mentira. É na contra-corrente que as coisas realmente acontecem.

Ah! Já ia esquecendo: Tilda Swinton, a mulher geladeira, nunca mais deixará de ser Orlando enquanto viver: encarna o duro do masculino e aparece mais macho que qualquer um.

O problema é que não sobra ninguém: pedra sobre pedra. Todos os arquivos são queimados, os vivos e os mortos.

Mas, de toda forma, sempre leia antes.

publicado por joanabosak às 22:20
sinto-me: com rinite
música: CIA man
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